Turismo, com Adolfo Mesquita Nunes

Turismo - Adolfo Mesquita NunesNão gosto de ser só do contra, também gosto de elogiar. E este senhor, no meio do imbróglio que é o nosso país, merece um elogio. Não é fácil fazer crescer, de forma tão sustentada, o Turismo. Não precisou de acrescentar letras à palavra Algarve, pôr o Ronaldo ou o Mourinho a falar, nem ir buscar as melhores empresas de comunicação estrangeiras, por muito que tenha utilizado as sobras disso. Conquistou-me como uma frase, ou duas.

Primeiro, disse que o dever dele não era investir no Turismo, era desburocratizar para permitir o investimento privado. Para mim, isto é uma frase de estadista. Depois, considerou que o fundamental não era surgir em grandes campanhas internacionais, era estar bem posicionado nos locais de escolha dos consumidores, que são os portais online e as agências de viagem, e que isso conseguia-se com buzz criado nos mercados de eleição, para reforço de notoriedade e aumento da proposta de valor. Isto é uma visão de gestor jovem, sem arcaísmos a dominar o pensamento, e a ver a política além dos números redondos que o excel cospe.

Gosto dele, do Adolfo Mesquita Nunes. E também gosto das suas gravatas coloridas, dos suspensórios, das terminologias de fácil compreensão, de quando faz escalada, ou desce rápidos, e dos óculos azuis que volta e meia usa. Faz do nosso país colorido. E é isso que os ‘mercados’ precisam ver.