New York Times rendido ao nosso Portugal… e tu?

Um dos mais prestigiados jornais mundiais, ano após ano, vai-se rendendo aos encantos de Portugal e da cultura portuguesa. Serão eles muito tolos ou seremos nós?

Antes de avançar para o que quer que seja, relacionado com este texto informativo, deixem-me opinar, dar o meu cunho pessoal. Na minha humilde, talvez insensata, opinião o povo português é dos mais fáceis de governar no mundo. Quando me refiro a fácil, refiro-me a capacidade de adaptação, a criatividade, a alegria, a sensibilidade e respeito social. Nós somos um povo nobre, já não conquistamos territórios, mas não perdemos a nossa nobreza, a nossa capacidade de mudar o mundo ou vê-lo com os olhos que mais ninguém tem o dom de ver. Retiram-nos férias, feriados, dinheiro, direito à saúde e nós fazemos poucas manifestações, silenciosas e sem confrontos. Vencemos prémios de melhor casa, de melhor fotógrafo de guerra, conquistamos um óscar da magia, temos um treinador e jogador de futebol no topo do mundo, entre outros, muitos outros portugueses a conquistar o mundo. Não viajam em naus, seguem nos voos low cost, mas conquistam o mundo. Deixam a nossa marca. A diferença, a grande diferença, é que de um ‘Velho do Restelo’ criaram-se quase 10 milhões de ‘Velhos do Restelo’.

Voltando à temática desta redacção, o New York Times definiu, em 2011, Guimarães como uma das 41 cidades no mundo a visitar, pela sua emergente vocação cultural, definiu uma cultura criativa da cidade invicta que lhe permite, hoje, já não se encostar apenas ao seu famoso vinho. Não suficiente, ontem enquanto gozava de um sol abrasador, de uma água e de uma revigorante esplanada, lia a Visão e eis que mais uma reportagem, do consagrado jornal, se virava para Portugal: face às dificuldades não se incendeiam carros, não se chora, criam-se raves em armazéns abandonados, aproveitam-se paredes degradas para se expor arte urbana, alteram-se conceitos e faz-se sobressair uma cultura jovem e inovadora, num Portugal fatalmente atingido pela crise.

Estarão eles errados ou seremos nós incapazes de nos ver como um povo de valor? Deixaremos palavras de um tirano, camuflado de nosso representante, destruir todo o nosso brio, nobreza?