Falo do Papa ou não? Eis a questão…

papa, francisco, vaticanoNormalmente, não me abnego de pegar nos boom’s noticiosos para fazer narrativa. Escrevendo todos os dias, são chamamentos que não posso recusar. São uma espécie de clarão para as minhas palavras. Porém, igreja é coisa com a qual me dou pouco bem.

Não me destaco como um fervoroso contestatário, até porque não o sou, contudo chamam-me demasiado à atenção as falhas da estrutura – o que provoca ira nos devotos -, ao mesmo tempo que não me permito extremar a radicalismos na contestação – o que me apelida de fraquinho, aos olhos dos opositores acérrimos. No fundo, sou um secante meio-termo, que pouco ata e pouco desata. Sou baptizado e até fiz uma comunhão, contudo mantendo-me sempre apartado das celebrações e tradições religiosas. Almoço com a família na páscoa e entrego uns presentes no natal, pouco mais.

Não obstante, hoje é um dia perpetuado. Sem grandes noções disso, vivemos uma fase que daqui a cem anos será esmiuçada por alunos de todo o mundo. É uma crise financeira mundial, daquelas que é sempre retratada nos livros da história. Foi a Primavera árabe, o Bin Laden, o Kadafi, dois Papas a tomarem posse, são demasiadas coisas para um período tão pequeno. Tenho vinte e cinco anos e já vivi o suficiente para a minha geração ser estudada ao longo de um período inteiro da escola. Por vezes, embrulhamo-nos tanto nas nossas coisinhas, nas miudezas que nos parecem tão importantes, e nem nos apercebemos do alcance dos anos que vivemos. Se calhar, talvez seja melhor assim, ou viveríamos zonzos de tanta coisa que sucede em catadupa.

Enquanto isso, desejo boa sorte ao Papa Francisco. Pelo menos, pelo nome e sorriso conquistou-me. O mundo já é demasiado sério, para continuarmos com necessidade de caras taciturnas na liderança. Prefiro líderes sorridentes, que não dominam pelo medo, valendo-se, antes, de outras valências. Não sei se é o caso, ou que influência terá na minha vida, mas espero que ele se mantenha sorridente. O mundo já chora que chegue!

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